Elevadores: Acidentes e Segurança
https://www.em.com.br/gerais/2024/07/6896678-mulher-tem-parte-do-corpo-prensada-em-elevador-da-justica-federal-em-bh.html
É como se estivéssemos vendo um filme de terror... E muitos
ainda acreditam que isso foi uma situação imprevisível, e que não há responsáveis.
A partir do momento que há responsáveis técnicos e síndicos, estes têm a
obrigação de evitar danos aos usuários e mantenedores dos elevadores.
Mas já que ocorreu algum acidente, que pelo menos a condição
de parada segura do elevador seja muito bem investigada e que a causa não
recaia sobre o comportamento humano (questões de mau uso) sem não antes se esgotar
as análises de segurança mínima recomendada.
Em uma suposta linha de falha (não paralela), identificamos alguns perigos:
·
Movimentação da cabina com porta aberta:
o
Ruptura de cabo/correia da porta;
o
Falha no sensor de porta fechada;
o
Falha no sensor de posicionamento da cabina;
o
Falha no freio da máquina de tração;
o
Deslizamento de cabos;
o
Falha na lógica/hardware do comando elétrico no
painel
·
Abertura de porta sem a cabina estar na posição:
o
Ruptura dos cabos da porta;
o
Falha/desregulagem no posicionamento do sensor
de porta;
o
Falha/desregulagem no sensor de posicionamento
da cabina;
o
Falha na lógica/hardware do comando elétrico no
painel.
Cada uma das supostas falhas deve ser analisada, mas se tudo culminar em monitoramento da posição da porta e da cabina, temos que concordar que, em termos de PLr (NBR ISO 13.849-1), para o perigo que envolve a abertura da porta sem que a cabina esteja posicionada deveria ser no mínimo PLd (S2 x F2 x P1). Mas se considerarmos halls cheios, onde o grupo pode, por reflexo, tumulto, empurrar a primeira pessoa contra a porta, seria P2, implicando em PLe. Mas mesmo assim, um hall cheio não seria uma situação normal, por isso sugerimos PLr mínimo em PLd, SIL3, DC média.
Vinculado a esta análise, estaria a categoria da Parada de Emergência
(NBR ISO 13.850), que não poderia admitir outras ações que não fossem a
paralisação imediata da movimentação da cabina, já que não envolve nenhum tipo
de controle sobre os usuários.
Por consequência, todo meio de calço/travamento do movimento
da cabina teria que possuir monitoramento também em PLd.
Caso os responsáveis técnicos não possuam argumentos
contrários às premissas acima, temos que concluir que, para os perigos que
envolvem a porta x parada da cabina, os periféricos DEVEM
ser em confiabilidade PLd, DC média, SIL3.
Só aí já temos a exigência de Relés/PLCs/circuitos específicos
dos fabricantes em categoria safe, para se programar a Malha de Segurança
(CCF, SRP/CS) com todos os Certificados de Confiabilidade que
comprovem o nível de performance a ser estabelecido na malha.
Uma simples Árvore de Falha auxilia nos principais pontos de monitoramento em PLd:
No entanto elevadores antigos ainda instalados, estão
completamente fora das normas atuais.
Algumas normas imprescindíveis nesta aplicação:
·
NBR 16858-1:2021 - Elevadores – Requisitos de
segurança para construção e instalação Parte 1: Elevadores de passageiros e
elevadores de passageiros e cargas;
·
NBR ISO 12100:2013 - Segurança de máquinas —
Princípios gerais de projeto — Apreciação e redução de riscos;
·
NBR ISO 13849-1:2019 - Segurança de máquinas -
Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança Parte 1: Princípios
gerais de projeto
·
NBR ISO 13850:2021 - Segurança de máquinas -
Função de parada de emergência - Princípios para projeto;
·
NBR ISO 13857:2021 - Segurança de Máquinas -
Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros
superiores e inferiores
PUBLICADA EM: 29/07/2024 10:04:29 | VOLTAR PARA: Elevadores | OUTRAS PUBLICAÇÕES
Fonte: Adilson Roberto Martins
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